ÉPOCA
MAIS CRÍTICA DE INCÊNDIOS TERMINA COM O MENOR NÚMERO DE FOGOS DA ÚLTIMA DÉCADA
Sete mil ocorrências entre Janeiro e Setembro — o
número mais baixo em dez anos, o que já levou o ministro da Administração
Interna a dizer que foi “o único português que gostou” deste Verão. O
dispositivo de combate a incêndios florestais foi este ano reforçado com mais
250 bombeiros.
A época mais crítica em incêndios florestais
termina esta terça-feira com o menor número de fogos da última década e o
terceiro com menos área ardida.
Durante a fase Charlie, que começou
a 1 de Julho, estiveram mobilizados 9697 operacionais, 2027 veículos e 49 meios
aéreos, além dos 237 postos de vigia da responsabilidade da GNR, segundo o
Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais.
O relatório provisório de incêndios florestais do
Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indica que, entre 1
de Janeiro e 15 de Setembro, registaram-se 6958 ocorrências de fogo, o menor
número em dez anos, depois de em 2007 se terem verificado 9852.
Em comparação com o mesmo período de 2013, as
ocorrências de fogo diminuíram este ano para mais de metade, adianta o
relatório do ICNF, sublinhando que 2014 é o terceiro melhor ano desde 2004 em
termos de área ardida, com 19.021 hectares de espaços florestais destruídos
pelas chamas — cerca de sete vezes menos do que em 2013, quando 138.393
hectares foram atingidos pelas chamas.
Os únicos dois anos com menor área ardida do que
2014, durante a última década, são 2007 e 2008, com 18.755 e 12.659 hectares
respetivamente.
O maior incêndio foi em Nisa.
O ministro da Administração Interna, Miguel
Macedo, já reagiu com humor aos dados provisórios sobre o número de incêndios,
afirmando que deverá ser “o único português que gostou” deste Verão.
Segundo o Instituto Português do Mar e da
Atmosfera, este Verão registou a segunda temperatura mais baixa dos últimos 25
anos, tendo-se verificado uma onda de calor apenas em Junho.
De acordo com o ICNF, foram 26 os grandes incêndios, responsáveis, só eles, por uma área ardida de 10.983 hectares. O maior aconteceu em Nisa, no distrito de Portalegre, a 25 de Agosto, e consumiu uma área de espaços florestais de 2268 hectares.
O IPMA, que classificou o último Verão de normal, indica que Julho foi o oitavo mais chuvoso desde 1931 e o mais chuvoso deste século e em Agosto não se registaram temperaturas superiores a 40 graus, situação que já não se verificava desde 1996.
O IPMA, que classificou o último Verão de normal, indica que Julho foi o oitavo mais chuvoso desde 1931 e o mais chuvoso deste século e em Agosto não se registaram temperaturas superiores a 40 graus, situação que já não se verificava desde 1996.
O dispositivo de combate a incêndios florestais
foi este ano reforçado com mais 250 bombeiros e quatro meios aéreos e custou 85
milhões de euros, mais 14 milhões de euros do que em 2013.